Para compreender a importância dos sindicatos no Brasil e no mundo é preciso relembrar a origem do sindicalismo. Na segunda metade do século XVIII, com o surgimento das máquinas a vapor e a erupção da Revolução Industrial na Inglaterra, os trabalhadores viviam em péssimas condições de trabalho, à margem da exploração capitalista sem limites.
Assim, durante todo o século XIX, os trabalhadores europeus tiveram o seu direito à sindicalização e organização negado, já que qualquer mobilização dos operários era duramente reprimida. E a história do sindicalismo no Brasil passa pelos europeus, já que estes foram os precursores da organização da classe trabalhadora em nosso país.
Na virada do século XIX para o XX, os anarquistas, em sua maioria vindos da Europa, começaram a desenvolver uma metodologia de organização sindical: a “Roda de Prosa”. Resumidamente, essa metodologia consistia no trabalho de base: conversar com os operários para entender os principais problemas no trabalho.
Assim, por volta de 1903 os trabalhadores começaram a se organizar e foram duramente reprimidos. Somente em 1930, com a chegada de Getúlio Vargas no poder, o sindicalismo brasileiro nasceu oficialmente.
Em 1931, Vargas cria o Ministério do Trabalho e legaliza os sindicatos urbanos. Mas foi justamente a partir desse período que também nasceu o problema da burocratização dos sindicatos, que foram submetidos à legislação do Estado burguês.
Após o golpe de 1964, o controle sobre os sindicatos se aprofundou ainda mais. Além disso, as entidades sindicais – salvo poucas que atuaram na ilegalidade – foram dominadas por dirigentes com influência ideológica burguesa, que passaram a ter privilégios políticos em detrimento dos demais grupos de interesses e se distanciaram das lutas da base.
Necessário todo esse passeio pela história do sindicalismo no Brasil para compreender a importância dos sindicatos nas mãos dos trabalhadores. A burocracia sindical é inimiga da classe trabalhadora por ferir a soberania das bases e para lutar contra isso, é necessário que haja a união, conscientização e organização da categoria.
Quem tem rabo preso com o governo não deve ter poder no sindicato e decisões devem ser tomadas sempre de forma transparente e coletiva, por meio de assembleias, fóruns e congressos, e é dessa forma que esta direção do SISMMAR vem atuando para ser a voz do servidor: ouvindo o grito da base.
Afinal, sindicato é para trabalhadores e não para patrões. FIRMES!
O Popular do PAraná 1 de janeiro de 2019