Apenas serviços contrataram mais que demitiram mês passado
O mercado formal de trabalho teve um forte recuo em março. Em Cascavel, foram fechados 221 empregos com carteira assinada, fechando o mês com saldo negativo em seis dos oito setores analisados pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Apenas serviços contrataram mais que demitiram mês passado, com saldo de 67 novas vagas.
A indústria (-86) e a construção civil (-72) tiveram os piores desempenhos.
O resultado contrasta com o obtido em março do ano passado, quando Cascavel abriu 525 postos de trabalho, com destaque para serviços (305) e indústria (133).
Apesar do desempenho ruim de março, no acumulado do primeiro trimestre o saldo é positivo: 1.385, queda de 23,8% em relação ao mesmo período de 2018, quando houve um dos melhores resultados para o trimestre: 1.818 novas vagas.
Cenário é ruim
No Brasil, foram fechadas 43.196 vagas com carteira assinada em Março e, no Estado, um total de 1.211.
O saldo de Cascavel é o pior entre as maiores cidades do oeste: Foz do Iguaçu (-166), Toledo (-152) e Marechal Cândido Rondon (-123). Tiveram geração de emprego Guaíra (36), Assis Chateaubriand (32) e Medianeira (18).
Apesar do tombo de março, no trimestre o saldo é positivo: 2.813 empregos no oeste, 27.114 no Paraná e 179.543 em todo o País.
No País, foi o comércio quem puxou o desempenho ruim com saldo negativo de 28.803, seguido da agropecuária (-9.545), da construção civil (-7.781), da indústria de transformação (-3.080) e de serviços industriais de utilidade pública (-662).
Três setores tiveram resultado positivo em março: Serviços, Administração Pública e Extrativa Mineral. Nos serviços, foram criados 4.572 empregos, impulsionados pelo subsetor de ensino, que abriu 11,7 mil vagas, e pelo de Transporte e Comunicações, que gerou 7,1 mil novos postos.
A Administração Pública teve o segundo melhor resultado para o mês, com a geração de 1.575 vagas, acompanhada pela Extrativista Mineral, que abriu 528 vagas.
Só oito estados tiveram crescimento
Em março, o emprego foi positivo em apenas oito dos 27 estados: Minas Gerais (5.163 postos); Goiás (2.712); Bahia (2.569); Rio Grande do Sul (2.439); Mato Grosso do Sul (526); Amazonas (157); Roraima (76) e Amapá (48). Os maiores saldos negativos foram registrados em Alagoas (-9.636 postos); São Paulo (-8.007), Rio de Janeiro (-6.986); Pernambuco (-6.286) e Ceará (-4.638). O Paraná fechou 1.211 empregos.
Entre as regiões, a maior queda ocorreu no Nordeste, com o fechamento de 23.728 vagas de emprego formal. No Sudeste, foram encerrados 10.673 postos; no Norte, 5.341; no Sul, 1.748; e no Centro-Oeste, 1.706.