Confiança da construção sobe em novembro para maior nível em quase 4 anos, diz FGV

27 de novembro de 2018

É a terceira alta consecutiva do índice, puxada pela expectativa de melhoria dos negócios após fim do período eleitoral

Construção de arena dos Jogos 2016 em Deodoro, no Rio de Janeiro
Funcionários em obra em Deodoro, no Rio de Janeiro
FOTO:REUTERS

 

A confiança da construção no Brasil registrou em novembro sua terceira alta consecutiva e chegou ao maior nível em quase quatro anos, diante da expectativa de melhoria dos negócios após o fim do período eleitoral, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira.
Após alta de 2,9 pontos, o Índice de Confiança da Construção (ICST) chegou a 84,7 pontos na comparação com outubro, o maior patamar desde janeiro de 2015.

“Nos três últimos meses, as expectativas de recuperação da demanda e de melhoria dos negócios no curto prazo aumentaram a confiança dos empresários do setor, um movimento que foi impulsionado com o desfecho das eleições”, afirmou em nota a coordenadora de projetos da construção da FGV/IBRE, Ana Maria Castelo.

“Paralelamente, o indicador de atividade mostra uma retomada ainda muito lenta, mas que já começa a repercutir sobre o emprego”, completou ela

Os dados mostraram que em novembro houve uma melhora significativa nas perspectivas de curto prazo. O Índice de Expectativas (IE-CST) subiu 4,8 pontos, para 95,8 pontos, retornando ao nível de janeiro deste ano, com destaque para o indicador que mede o otimismo com a situação dos negócios nos próximos seis meses.

O Índice da Situação Atual (ISA-CST), por sua vez, avançou 1,1 ponto, para 74,1 pontos, voltando ao nível atingido em junho de 2015, devido principalmente ao indicador que mede a percepção sobre momento atual.

Na véspera, a FGV divulgou que a confiança do consumidor também demonstrou melhora ao atingir o melhor nível em quase quatro anos e meio em novembro.

A FGV informou ainda nesta terça-feira, em nota separada, que a alta do Índice Nacional de Custo da Construção–M (INCC-M) desacelerou a alta a 0,26 por cento em novembro, de 0,33 por cento no mês anterior.

 

DCI, 27 de novembro de 2018