Congressistas repudiam e veem crime no corte de medicamentos do SUS

17 de julho de 2019

A decisão do Ministério da Saúde em suspender contratos para fabricar 19 remédios para quem sofre de câncer, diabete e transplantados, é uma medida desumana, atenta contra à vida e pode destruir o Sistema Único de Saúde (SUS). A avaliação foi feita nesta terça-feira (16) por parlamentares no Congresso Nacional.

 

 Agência Brasil

 

O Estado de S. Paulo divulgou nesta terça-feira (16) a lista dos medicamentos de alguns dos principais laboratórios do país: Biomanguinhos, Butantã, Bahiafarma, Tecpar, Farmanguinhos e Furp. Os remédios são distribuídos gratuitamente para cerca de 30 milhões de pacientes. 

O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) considerou a medida um crime. “Remédios fundamentais para a vida de milhares de pessoas serão cortados. Um governo comprometido com a morte”, disse ele.

A líder da Minoria na Câmara, Jandira Feghali (PCdoB-RJ), diz que o governo Bolsonaro está na contramão de tudo ao suspender contratos com laboratórios públicos que produzem medicamentos para pacientes com sérios problemas.

Vice-líder da Minoria, a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA), afirmou que depois da educação Bolsonaro agora na saúde pública brasileira. “O objetivo? A desconstrução do SUS”, considerou.

Para o deputado Márcio Jerry (PCdoB-MA) suspender a fabricação de 19 medicamentos é de uma desumanidade absurda, algo de gravíssimas repercussões. “Mais uma boçalidade do Jair Bolsonaro contra o povo brasileiro”, disse.

O senador Paulo Paim (PT-RS) alertou que os pacientes dependem da medicação, a maioria com câncer, diabetes e transplantados. “O descaso com a saúde da população é uma constante. Há uma clara intenção de sucatear o sistema para privatizá-lo”, protestou.

Para o líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta (RS), com a medida o governo Bolsonaro não deixa dúvida que “odeia os pobres”.

“Um governo do atraso, da irresponsabilidade, e de um ataque brutal e desmedido contra a população brasileira”, protestou a deputada Luiza Erundina (PSOL-SP).

 

Confira aqui a lista dos remédios

 

Vermelho, 17 de julho de 2019