Construção civil foi o setor que mais gerou empregos em abril

25 de maio de 2012

A construção civil foi a maior geradora de empregos em abril, na comparação com o mês de março. De acordo com a Pesquisa Mensal do Emprego (PME), publicada nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o emprego no setor subiu 4,7%, um adicional de 84 mil vagas.
“O aumento de emprego na construção está associado ao poder de compra da população. As pessoas estão investindo mais em imóveis com o aumento na renda”, avaliou o gerente da coordenação de trabalho e rendimento do IBGE, Cimar Azeredo.
Na comparação com abril de 2011, as vagas na construção aumentaram 9,9%, com 168 mil vagas geradas. Entre as seis regiões metropolitanas investigadas pela PME, São Paulo foi onde o emprego na construção mais cresceu, com alta de 9,9%, ou 66 mil vagas criadas.
Mas o rendimento médio real na construção das seis regiões caiu 3,9% em abril, em relação a março, para R$1.383,40, embora tenha crescido 3,7% na comparação com abril de 2011. “A queda pode estar associada ao fato de as novas vagas estarem sendo criadas com salários mais baixos que os já existentes”, disse Azeredo.

Mercado estável

De acordo com a PME, a taxa de desemprego no país aumentou para 5,5% em janeiro, passando a 5,7% em fevereiro e 6,2% em março, movimento normalmente verificado no primeiro trimestre do ano. A pesquisa abrange as regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. No conjunto dessas regiões, a taxa de desemprego caiu de 6,2% em março para 6% em abril, a menor taxa para o mês desde o início da série do IBGE, em 2002.
Para o gerente da coordenação de trabalho e rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, a redução de 6,2% para 6% na taxa de desemprego na passagem de março para abril mostra um mercado de trabalho estável, ainda sem mostrar tendência clara de queda.
Paradoxalmente, a esperada aceleração da economia brasileira no segundo semestre pode também ter efeito contrário para a taxa de desemprego, afirma Azeredo. Isso porque essa expectativa pode levar pessoas que não estavam procurando emprego a voltar ao mercado de trabalho, em busca de uma oportunidade. Isso tenderia a elevar a taxa de desocupação. “Mais pessoas podem procurar emprego, já que oportunidades devem surgir com a Copa do Mundo, com a Olimpíada”, afirmou.
Fonte: fetraconspar.org.br

25/05/2012