Foram mais de 35 mil pessoas no país admitidas nas faixas com maior remuneração
A contratação de profissionais por mais de dez salários mínimos no primeiro semestre desde ano foi a melhor desde 2015, segundo o MTE (Ministério do Trabalho e Emprego).
Foram mais de 35 mil pessoas no país admitidas nas faixas mais altas.
O saldo é negativo, mas é natural que, nessa faixa salarial, haja mais demissões que admissões, segundo especialistas em contratações —e foi o melhor número desde o início da crise, em 2015.
Consultorias de busca de executivos tiveram um primeiro semestre que condiz com os números do MTE.
“O mercado de trabalho ficou represado muito tempo e há demanda reprimida. A indústria, por exemplo, cortou demais e precisa contratar se quiser respirar”, diz Maria Sartori, gerente sênior de recrutamento da Robert Half.
A empresa teve bons índices de desempenho no período, segundo ela. Executivos de outras companhias desse setor afirmam o mesmo.
“Em São Paulo não crescemos tanto, mas no Brasil batemos recorde de faturamento”, afirma Renato Villalba, gerente sênior da Michael Page.
Houve admissão de executivos de novos produtos e de recursos humanos, áreas que, segundo ele, indicam que deverá haver mais contratações.
“Quando as empresas têm planos, os primeiros contratados são profissionais de liderança, que ajudarão a traçar os projetos”, diz Ricardo Barcelos, sócio-diretor da Havik.
A aposta dele é que logo depois das eleições a taxa de desemprego começará a cair.