Principal fundo social do trabalhador no Brasil pode sofrer mudanças em sua gestão, governança e até mesmo do percentual recolhido. Outros fundos sociais também deverão sofrer reformulações.
Por Daniel Silveira, G1 — Rio
Enquanto o governo federal concentra esforços para aprovar a Reforma da Previdência, outras mudanças que afetam a vida do trabalhador brasileiro estão sendo estudadas pelo Executivo. Na lista, estão reformulações no Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). A afirmação foi feita na tarde desta quinta-feira (9) pelo secretário Especial da Fazenda, Waldery Rodrigues.
“[O FGTS] funciona como, entre aspas, um imposto que pressiona o trabalhador ao invés de ajuda-lo. Então, pretendemos mudar a governança, a gestão do FGTS, bem como dos cerca de 228 fundos públicos que estamos trabalhando para dar a esses fundos maior eficiência alocativa”, disse secretário ao conversar com jornalistas após participação no 31º Fórum Nacional, no Centro do Rio.
Rodrigues não detalhou quais as mudanças efetivamente são estudadas, mas adiantou que, entre elas, está o percentual de recolhimento para o trabalhador, o acesso ao saque, bem como na gerência do fundo a fim de se aumentar sua rentabilidade. “A rentabilidade hoje, em termos reais, é negativa”, afirmou o secretário.
Questionado sobre quando a reformulação do FGTS será anunciada, o secretário limitou-se a dizer que “num futuro próximo”.
“Não há urgência como em outras medidas porque ela é muito impactante e queremos fazer isso de maneira bastante consensual, uma decisão madura, porque o FGTS é hoje o principal fundo público”, disse.