Taxa de 0,09% foi a menor para outubro em duas décadas. Preços de alguns alimentos caíram, como tomate e cebola. Combustíveis tiveram aumento
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) variou 0,09% em outubro, menor resultado para o mês desde 1998, segundo o IBGE. Se por um lado a inflação em baixa pode ser vista como boa notícia, por outro reflete uma economia estagnada, na produção e no consumo. O indicador que é considerado “prévia” da inflação oficial acumula alta de 2,69% no ano e de 2,72% em 12 meses. Os resultados foram divulgados na manhã desta terça-feira (22).
O grupo de maior peso, Alimentação e Bebidas, teve variação de -0,25%, na terceira deflação seguida. A maior alta ficou com Saúde e Cuidados Pessoais: 0,85%, com impacto de 0,10 ponto percentual no índice geral e influência de produtos como itens de higiene pessoal (2,35%) e produtos farmacêuticos (0,54%).
Em seguida, Transportes subiu 0,35%, com 0,06 ponto de contribuição na taxa do mês. A gasolina, que havia caído 0,06% em setembro, subiu 0,76% neste mês. O IBGE apurou elevação também no óleo diesel (3,33%), no etanol (0,52%) e no gás veicular (0,23%).
Entre os alimentos, o instituto registrou quedas nos preços da cebola (-17,65%), da batata inglesa (-14%) e do tomate (-6,10%). Dos produtos em alta, destaque para carnes (0,59%). Alimentação no domicílio caiu 0,38%, enquanto fora do domicílio não teve variação: a refeição caiu 0,13% e o lanche subiu 0,20%.
O grupo Habitação também teve queda, a segunda maior de outubro: -0,23%. Contribuiu para o resultado o item energia elétrica (-1,43%), com mudança de bandeira tarifária. Já a taxa de água e esgoto subiu 0,18%.
Três das 11 regiões pesquisadas tiveram deflação: Curitiba, Recife (ambas com -0,07%) e Fortaleza (-0,08%). O maior índice foi apurado em Belém (0,28%). Na região metropolitana de São Paulo, o índice foi de 0,06%. Em 12 meses, o IPCA-15 varia de 1,86% (Curitiba) a 3,70% (Fortaleza).
O IPCA e o INPC deste mês serão divulgados em 7 de novembro.