Para ‘alavancar emprego’, presidenciáveis colocam construção civil como prioridade

7 de agosto de 2018

Três candidatos à Presidência – Ciro Gomes, Alvaro Dias e Henrique Meirelles – falaram em ampliação da confiança, com consequente impacto na competitividade

 

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Três presidenciáveis que participaram de um ciclo de conversas organizado pela construção civil na tarde desta segunda-feira (6) adequaram seus discursos ao setor. Alvaro Dias (Podemos), Ciro Gomes(PDT) e Henrique Meirelles (MDB) falaram a uma plateia média – não mais que 100 pessoas – e afirmaram, cada qual à sua maneira, que a área é essencial para alavancar a economia do país. 

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Os candidatos participaram do evento “o futuro do Brasil na visão dos presidenciáveis 2018”, organizada pela Coalizão pela Construção, que reúne 26 entidades nacionais ligadas à construção civil, entre construtores, revendedores, empreiteiros. Pela manhã, estiveram por lá Marina Silva (Rede) e Geraldo Alckmin (PSDB). 

Todos falaram em ampliação da confiança, com consequente impacto na competitividade. E ressaltaram, em diversos momentos o papel do setor. “A construção civil emprega gente. O setor que corresponde à demanda, em que você ganha e ganha”, afirmou Ciro Gomes, afeito à linha econômica, discurso que se aproximou de Henrique Meirelles: “A alavancagem do setor de construção funciona como multiplicador de emprego e renda”. 

Já Alvaro Dias, em uma retórica mais voltada ao campo político, afirmou que vai dialogar com o setor para entender as demandas. “Vamos instituir um conselho consultivo do setor da construção para dialogar permanentemente com o presidente da República. Veja bem, é com o presidente, não com um ministro”. 

Questionados sobre as burocracias enfrentadas por empresários, defenderam mudanças na legislação para ampliar a segurança jurídica. E não pouparam, claro, críticas a governos anteriores e aos adversários. 

 

Campanha

Dirigindo-se aos concorrentes, Ciro disse que não é afeito à estratégias de marketing e que, inclusive já poderia pedir votos. Pautou sua fala na crítica às gestões anteriores e disse que o “Brasil perdeu a obviedade”. “A solução é obvia: gastar menor e ganhar mais. Não tenho um dia de déficit em minha vida pública. Eu sei reverter a situação”. 

Dias, que adotou para sua campanha o mantra da “refundação da República”, fala em uma série de reformas para melhorar o ambiente econômico. 

“De nada adianta o candidato dizer que vai mudar a economia se não for pela mudança na reforma do Estado e por reformas que devem ser colocadas à mesa desde o início do mandato, que passa pela diminuição da máquina pública, reduzindo ministérios e privilégios”, disse o candidato. 

Já Henrique Meirelles, que abusa das referências à época em que esteve à frente do Ministério da Fazenda do governo Temer, destacou seu programa de governo, em que se compromete com estratégias de curto, médio e longo prazos. “Passam pela retomada imediata de mais de 7 mil obras que estão paralisadas ou andando lentamente, com investimentos na ordem de R$ 80 bilhões; pela agilidade nas obras em andamento e aquelas com potencial para atração de recursos privados”.

 

Gazeta do Povo, 07 de agosto de 2018.