De acordo com dados divulgados pelo Caged/MTE, o Estado do Paraná apresentou um saldo positivo de 61.566 vagas no ano de 2018, até o último mês de outubro, que o coloca na 3ª posição no ranking nacional de geração de empregos formais, atrás apenas de São Paulo com 220 mil e de Minas Gerais com 115 mil vagas. No mesmo período do ano passado, o estado tinha gerado 34.822 vagas de empregos formais.
“Os números positivos demonstram uma recuperação econômica, quando comparamos com o mesmo período do ano passado”, explica Jefferson Marcondes Ferreira, membro do Comitê Macroeconômico do ISAE Escola de Negócios, composto por profissionais das áreas financeira e econômica e que tem como objetivo agregar valor à sociedade por meio de pesquisas, análises e interpretações de dados macroeconômicos.
O saldo positivo se deve, principalmente, ao setor de serviços, que terminou o período com 37.691 vagas contra um saldo de 14.529 vagas no mesmo período de 2017. “Vale destacar neste setor a área de comércio e administração de imóveis e valores mobiliários com um saldo de 14.493 vagas, juntamente com os setores de hotelaria, alimentação e manutenção, com um saldo de 7.488 vagas”, comenta Jefferson.
Outras áreas que merecem destaque são a da educação com um saldo de 6.393 vagas geradas no período e a indústria de transformação, com um saldo de 12.482 vagas. Depois de um 2017 desastroso, com um saldo de apenas 1.534 vagas, a construção civil já alcançou 5.041 vagas no ano de 2018. O setor industrial foi um dos poucos que decepcionaram. “O fato de o setor industrial não ter gerado mais vagas que em 2017 atribui-se, em parte, pelo menor número nas exportações paranaenses, por conta da greve dos caminhoneiros, em maio deste ano”, comenta o especialista.
Para completar, há de se destacar dois pontos no perfil de geração de vagas no estado do Paraná: todas as regiões apresentam saldo positivo na geração de empregos formais e a região metropolitana de Curitiba, no ano, acumula um saldo de 23.887 o que representa um crescimento considerável quando comparado ao mesmo período em 2017.
Jornal do Oeste, 19 de dezembro de 2018