O Produto Interno Bruto (PIB) da indústria brasileira de construção civil pode encolher de 0,6 a 1 por cento em 2018, informou nesta terça-feira o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), revisando para baixo a estimativa anterior de alta de 0,5 por cento.
“O cenário dos últimos meses, agravado pela incerteza eleitoral, contribuiu decisivamente para que não se resgatasse a confiança dos investidores, revertendo a expectativa de que a construção voltaria a crescer em 2018”, disse o presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto, em nota.
Entre os fatores que motivaram a revisão da projeção, o SindusCon-SP citou a persistência do alto grau de incerteza com o quadro eleitoral e queda nas expectativas de empresários do setor. Além disso, destacou o sindicato, a produção da indústria de materiais de construção não voltou ao nível anterior à greve dos caminhoneiros.
Em agosto, o faturamento deflacionado com as vendas de materiais de construção subiu 0,5 por cento na comparação anual e 1,2 por cento sobre julho, de acordo com dados divulgados pela Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) na quarta-feira passada.
Ainda segundo levantamento do SindusCon-SP, o mercado de trabalho segue em deterioração em todos os segmentos da construção, exceto engenharia e arquitetura. Para 2018, a previsão é de queda de 2,9 por cento no nível de emprego.
Jornal Extra, 19 de setembro de 2018