Os trabalhadores brasileiros foram protagonistas nesta sexta-feira (10) de um dia nacional de denúncias contra as políticas do governo Temer que agravaram a crise econômica e o desemprego no país. Ocorreram paralisações nos locais de trabalho em vários estados e atos, com a participação das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, em 22 capitais. Representantes de todas as centrais sindicas protestaram em frente à Fiesp, na avenida Paulista.
Por Railídia Carvalho
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Centrais Sindicais e movimentos sociais no Dia do Basta em Salvador. Professores em greve protestaram contra o prefeito do DEM ACM neto após violência da guarda municipal
contra os educadores no meio da semana
O 10 de agosto, que recebeu o nome de Dia do Basta, promete ser o primeiro de uma série de mobilizações que fazem parte do calendário das centrais sindicais para denunciar as medidas do governo de Michel Temer e massificar a Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora em todo o país. O objetivo é colocar no debate eleitoral as 22 propostas dos trabalhadores para o país sair da crise.
“As eleições de 2018 são uma oportunidade para recolocar o país em outra trajetória de desenvolvimento econômico, social e ambiental”, diz o texto de apresentação do documento subscrito por sete centrais sindicais brasileiras.
São 13 milhões de desempregados, 66 milhões de pessoas fora do mercado de trabalho e aumento do trabalho por conta própria e informal. De acordo com sindicalistas, a reforma trabalhista de Michel Temer e aliados (incluindo os empresários da Fiesp e Confederação Nacional da Indústria) tem sido responsável pela degradação vivida atualmente pelo trabalhador.
“A classe trabalhadora vai mudar os rumos do país para que volte ao caminho do desenvolvimento e crescimento econômico”, lembrou no ato na Paulista o secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Aroaldo Oliveira da Silva.
Para o presidente licenciado da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, Adilson Araújo (foto), o retrato do Brasil atualmente é a “degradação humana”. “Foi o que aconteceu a partir do golpe que colocou Michel Temer na presidência. É preciso ter sagacidade para unir o campo democrático popular em um esforço para derrotar o neoliberalismo”, completou Adilson.
Wagner Fajardo, do sindicato dos metroviários de São Paulo, discursou afirmando que é a unidade da luta dos trabalhadores que vai garantir a derrota do projeto de Temer e aliados nas eleições. Ele denunciou a privatização da linha 5 do metrô em São Paulo, concretizada no final de semana. Bandeira de Temer, as privatizações avançaram em São Paulo com o tucano Geraldo Alckmin, candidato à presidência da República com o apoio da base de sustentação de Temer.
“O que vemos hoje são famílias inteiras nas calçadas, o desmonte das políticas sociais e o ataque aos direitos dos trabalhadores. Estamos protestando em frente à Fiesp porque eles foram os grandes protagonistas do golpe e da retirada dos direitos dos trabalhadores. Queremos a democracia de volta e queremos Lula Livre para que possa ser candidato para recuperar os nossos direitos”, declarou Sérgio Nobre, secretário-geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
Metalúrgicos protestam no ABC ainda na madrugada do dia 10
Ato na avenida Paulista
O Dia do Basta prosseguiu na tarde desta última sexta-feira. Confira:
Amazonas
Manaus, a partir de 15h na praça da Polícia
Mato Grosso
Em Cuiabá haverá Ato Público, às 16h, na Praça Ipiranga.
Santa Catarina
Florianópolis: ato com concentração às 15h, na Udesc;
Acontecerão mobilizações em todas as regiões do estado, com atividades em Criciúma, Joinville, São Bento do Sul, Jaraguá do Sul, Blumenau, Apiúna, Lages, Curitibanos, Xanxerê, Concórdia, Chapecó e Florianópolis.
Goiás
Goiânia, concentração na esquina das av. Anhanguera e Tocantins, às 16h, e caminhada até a praça do Centro Universitário
Minas Gerais
Belo Horizonte, ato público na praça da Estação, das 7h às 9h e panfletagem no centro das 16h às 18h30h
Pernambuco
Recife, na praça da Democracia Derby, às 15h
Rio de Janeiro
Rio de Janeiro, Na Praça XV, às 16h, diversos atos menores e paralisações estão marcados ao longo do dia.
Sergipe
Aracaju, praça General Valadão, às 15h