Almoçar em casa não é uma opção para muitos trabalhadores, principalmente nas grandes capitais, onde a falta de tempo para deslocar-se ou cozinhar inviabilizam a comodidade.
Diante desse fato, o Instituto Análise, a pedido da Assert (Associação Brasileira de Empresas de Refeição e Alimentação Convênio para o Trabalhador), realizou uma pesquisa com uma amostra de 4.440 estabelecimentos que aceitassem vale ou ticket refeição para obter informações referentes ao preço e à composição da refeição.
O preço médio do almoço no Brasil é de R$ 27,40, considerando tanto refeições por quilo, pratos executivos, à la carte e self-service com preço fixo.
Dentre as opções citadas, a mais cara é à la carte, com média de R$ 44,00, seguida dos pratos executivos, que custam, em média, R$ 33,45.
Ainda de acordo com a pesquisa, a região mais cara para comer fora é a Norte, onde o trabalhador paga em torno de R$ 30,45 por almoço.
A região Nordeste foi considerada a mais barata, com R$ 23,74. Acredita-se que o alto valor obtido para o Norte seja decorrente da elevada inflação que os alimentos apresentaram na última coleta do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) para a região.
A cidade de São Paulo (R$ 30,71), como era esperado, apresentou média de preços superior à da região Sudeste (R$ 29,51).
O estudo revelou ainda algumas curiosidades. A oferta de uma alimentação saudável foi citada como prioridade por 30% dos estabelecimentos entrevistados, ficando atrás somente da oferta de alimentos de qualidade. Além disso, cerca de 90% dos pratos servidos no país possuem como componentes arroz e feijão.
SAMY DANA é Ph.D em business, professor da FGV e coordenador do núcleo de cultura e criatividade GV Cult
GIOVANA CARVALHO é graduanda em economia pela FGV-EESP
Fonte: Folha de S.Paulo