Vem aí a primeira aposta arrojada do ano, sofisticado condomínio horizontal na região do Tropical
O empreendedor é um fingidor. Finge tão completamente, que finge ser dor, a dor que deveras sente. A adaptação do poema poderia ser acrescentada uma expressão que vem do Nordeste: o empreendedor é um forte.
A construção civil, em Cascavel, insinua ressurgir das cinzas após a mais profunda das recessões históricas. Em abril próximo, surge o primeiro lançamento de condomínio horizontal após longo e tenebroso inverno.
É o Vila Firenze (foto), fruto de um pool de CNPJs respeitáveis que apresenta seus atrativos: localização (rua Jorge Lacerda) a minutos do Centro Cívico, shopping e supermercado. A 467 duplicada avizinhando (sem que seja necessário transpô-la) e servindo como uma avenida para acessar as regiões Oeste, Norte e centro.
Traz um design inteligente, capaz por exemplo, de separar o fluxo de convidados para uma festa do trânsito interno do condomínio.
O empreendimento traz ampla via paisagística interna, praticamente uma avenida com caixa de 13 metros e que oferece mais visibilidade para o imóvel, se esta for a intenção.
Se a intenção for edificar em uma “zona calma”, há as vicinais especialmente projetadas para assegurar o sossego dos mais discretos.
O recheio ofertado pelo empreendedor destemido vai além: academia, três piscinas (uma delas aquecida), salões de festas modulares sofisticadamente mobiliados, espaço gourmet, quadras poliesportivas.
Enfim, uma aposta ousada que impõe elevado investimento inicial da construtora e parceiros.
A comercialização replica um arranjo inteligente implementado aqui por outro empreendimento que aconteceu nos melhores anos do boom da construção civil: o represamento de vendas.
Cadastra-se os convidados para o lançamento solene. Eles terão preferência. Segundo os empreendedores, já são mais de 300 potenciais clientes catalogados, para 196 terrenos entre 200 e 385 metros quadrados.
A meta é vender tudo em um fim de semana e as condições para isso estão colocadas, pois ninguém perde dinheiro com imóvel, apostam os investidores.
Os resultados desta operação poderão responder a pergunta do título: A construção civil voltou? Ao que tudo indica, voltou… e veio para ficar.
Editorial
Há sinais de retomada no mercado imobiliário de Cascavel. A metragem total aprovada na Prefeitura para construção no ano passado, foi a maior desde 2015 e a terceira marca dos últimos oito anos: 711 mil metros quadrados. A receita com ITBI em 2018, foi a maior desde 2010. Entenda esses números na reportagem da página 5. São números sólidos, um viés de alta no setor que responde mais rápido na geração de empregos. Como dizia o Emael:
“sinais, fortes sinais…”
Pitoco, 27 de fevereiro de 2019