Sindicatos Patronais do Oeste se mobilizam contra queda na arrecadação

29 de janeiro de 2019

Um grupo de sindicatos da região noroeste do Paraná se reuniu na semana passada para discutir soluções à queda acentuada na arrecadação, depois do fim da obrigatoriedade da contribuição sindical estabelecida na reforma das leis trabalhistas no ano passado. A reunião na última quarta-feira (23), na sede do Sindimetal, em Maringá, contou com representantes de 13 sindicatos de setores diferentes, como vestuário, metalurgia, construção civil, rural e gráfica.

Após o fim da obrigatoriedade da contribuição sindical, algumas entidades perderam até 70% de sua arrecadação. “Precisamos fazer um serviço mais efetivo, de integração com as empresas”, sugere o presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Maringá (Sindimetal), Carlos Walter. O sindicato tem 78 indústrias associadas, entre as aproximadamente mil empresas do setor metalúrgico que empregam mais de 12 mil funcionários na região.

Segundo Walter, o trabalho de conscientização é para que companhias e empregados entendam a importância da representatividade entre segmentos diferentes, que vão desde a negociação salarial até a atualização profissional, com cursos e tecnologias.

O grupo de sindicatos da região prepara uma outra reunião em fevereiro para definir ações em conjunto. Entre elas, a otimização de custos e melhorias aos filiados. “Temos que nos reinventar para atender os nossos associados”, afirma o presidente do Sindicato das Indústrias do Vestuário de Cianorte (Sinveste), Alberto Nabhan. Ele cita que os sindicatos estão próximos da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep). E, por isso, oferecem qualificação, gestão e tecnologia atualizadas do mercado que ajudam o desenvolvimento das empresas e dão melhores condições aos empregados.

 

Sustentabilidade

A Fiep tem orientado pela sustentabilidade sindical. “Já vínhamos discutindo isso antes mesmo da reforma”, anuncia o presidente da Fiep, Edson Campagnolo. Ele cita que a federação oferece a Casa da Indústria, presente em dez cidades, inclusive em Maringá. É um espaço compartilhado para reduzir os custos fixos dos sindicatos e dar maior visibilidade às ações. É também iniciativa da Fiep as reuniões regionais, como aconteceu em Maringá, em Curitiba e Cascavel. As próximas serão em Ponta Grossa em 1º de fevereiro e em Londrina no dia 6. A Fiep tem 107 sindicatos filiados, sendo que 99 têm bases estaduais.

 

Maringá o Diário, 29 de janeiro de 2019