Oeste tem o pior dezembro em três anos

24 de janeiro de 2019

Na contramão do restante do ano, dezembro de 2018 fechou com saldo negativo na geração de empregos na região oeste do Paraná, o pior desempenho para o mês dos últimos três anos. Somente no acirramento da crise, em dezembro de 2015, o saldo foi pior que agora. Os dados são do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados ontem.

As seis maiores cidades do oeste, que são monitoradas pelo Caged, fecharam 2.572 postos de trabalho. Em 2015, foram fechados quase 3 mil. O desempenho regional foi percebido no Paraná e no País (leia mais na página 6).

No oeste, Cascavel registrou o fechamento de 1.432 postos de trabalho com carteira assinada. Em seguida vêm Toledo, com redução de 484 postos, Marechal Cândido Rondon, com 237 demissões, Foz do Iguaçu, com saldo negativo de 194, Medianeira, com 192 fechamentos, e em Assis Chateaubriand, com 33 ocupações perdidas.

Com isso, o desemprego avançou 34% no último mês do ano se comparado a dezembro de 2017, quando o oeste havia fechado 1.925 postos de trabalho.

O setor que mais demitiu foi serviços, com a eliminação de 1.062 ocupações formais, seguido pela indústria (-680) e o comércio (-427).

Os únicos setores que tiveram saldo positivo em dezembro foram utilidade pública (72) e administração pública, com cinco novas contratações com carteira assinada, todos em Cascavel.

 

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Acumulado do ano

Apesar do desempenho ruim em dezembro, o ano de 2018 registrou o melhor saldo de geração de emprego forma em meia década. De janeiro a dezembro, o oeste gerou 5.855 novas oportunidades de trabalho com carteira assinada. No comparativo com 2017, o crescimento foi de 71%, quando a região havia efetivado 3.415 novos trabalhadores.

Apesar do resultado em dezembro, o setor de serviços foi o maior empregador no ano passado, respondendo por 3.269 efetivações, ultrapassando a indústria da transformação, que abriu 1.654 novas oportunidades de trabalho.

Ao menos três segmentos fecharam o ano com desemprego: administração pública (-235); agropecuária (-118) e extração mineral (-17).

 

O Paraná, 24 de janeiro de 2019