Benvida prefere carregar tijolos a tecidos ou serviço de diarista

7 de junho de 2013

Tudo que ela sonhou foi ajudar o marido na lida da construção civil, e deu certo

“Sei costurar do meu jeito. Se eu olhar um vestido seu e eu gostar eu falo: vou fazer um igual pra mim”, conta Benvinda enquanto enche um carrinho de mão com tijolos.

Ela diz que só costura para a família.

Que já ofertaram emprego como costureira e diarista, mas que está satisfeita em trabalhar como servente de pedreiro, no caso o seu marido. “Aqui é menos puxado que na máquina de costura ou como diarista.”

Porque tem trabalho que é pra fazer em três dias e patroas querem em um só”, opina.

“Vixi Ave Maria, arranco o meu chapéu para você” foi o que disse uma senhora que a viu trabalhando.

“Aqui tem servente homem que não tem o pique que você tem” diz ela a respeito de outro elogio semelhante que ouviu.

Tem ânimo e cuidado. Ela usa luvas, brincos e baton.

Aqui os retoques femininos continuam sendo Benvida prefere carregar tijolos a tecidos ou serviço de diarista

Aida Franco Ela diz que o serviço de servente é menos desgastante que de diarista e costureira bem-vindos.

Benvinda e a família vieram há pouco menos de um ano da cidade de Paraná do Oeste, próximo de Campo Mourão, onde ela tocava um bar.

O marido, pedreiro, demorou mas consegui arranjar um emprego com um sócio.]

O rapaz ficou doente e em vez de contratar um homem, levou a patroa que já era experiente na cidade anterior.

“Eu acho bom porque a gente passa o dia todo junto. Eu não exploro ela e se for para pegar peso eu falo para não esforçar muito.

Não é orque está na presença dela que falo isso, mas tem servente que não faz o que ela faz”, se orgulha José Valentino Mariano.

A diária é de R$50,00 e José garante que no final das contas ninguém sai no prejuízo.

“Eu chego e dou as coordenadas de manhã e ficar cobrando não é o meu jeito.
Mas tem pessoas que se aproveitam.
Sendo nós dois é melhor.
Porque eu não exploro ela e ela também já sabe das obrigações”, explica José.

Ele conta que teve dificuldade para encontrar emprego.

Que nas entrevistas perguntavam o que ele fazia ao que explicava que pegava uma casa para construir e a entregava pronta.

Uma grande construtora da cidade precisava de carpinteiro, mas o senhor que o entrevistou disse que ele teria que esperar porque não poderia incomodar o mestre de obras que estava no alto do prédio.

José achou isso uma grande falta de consideração.

Pegou seu boné e foi embora.

Encontrou um conhecido na rua que o levou para trabalhar junto.

Perdeu a empresa, ganhou José e Benvinda.

Agora a agenda de ambos está cheia com encomenda de serviços de empreitada.

SERVIÇO: Contato com o casal pelo fone:

99882501

Fonte: Tribuna de Cianorte, 06 de junho d e2013