Dieese: cesta básica encarece. Salário deveria ser de R$ 2,6 mil

7 de novembro de 2012

Pelos cálculos do órgão, o trabalhador deveria receber um salário mínimo de R$ 2.617,33, ou seja, 4,21 vezes acima do piso oficial (R$ 622)

 
A cesta básica apresentou aumento de preços em outubro em nove das 17 capitais pesquisadas. De acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), esse número é igual ao verificado em setembro. Pelos cálculos do órgão, o trabalhador deveria receber um salário mínimo de R$ 2.617,33, ou seja, 4,21 vezes acima do piso oficial (R$ 622), para garantir o sustento básico da família.
São Paulo é a capital com a cesta básica mais cara. Para comprar os 13 itens da cesta, os consumidores da capital paulista desembolsaram R$ 311,55. Na segunda posição está Porto Alegre (R$ 305,72) que, na pesquisa anterior, liderava as altas. O terceiro maior valor foi encontrado em Manaus (R$ 298,22). Os menores valores foram registrados em Aracaju (R$ 206,03), Salvador (R$ 223) e João Pessoa (R$ 232,97).
O arroz aumentou nas 17 capitais pesquisadas e o leite em 14. Já a carne bovina teve alta em 13 cidades, tal como o pão francês. O feijão ficou mais caro em oito capitais.
InflaçãoDe acordo com o levantamento da Fundação Getulio Vargas (FGV), a inflação medida pelo IPC-S diminuiu em cinco das sete capitais pesquisadas na última semana de outubro, na comparação com a apuração anterior.
Na média do país, a inflação medida pelo IPC-S ficou em 0,48% no fechamento de outubro. O resultado é 0,09 ponto percentual inferior ao do levantamento passado (0,57%).
PIBDe acordo com a previsão de analistas do mercado financeiro, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, se mantém pela terceira semana seguida em 1,54% este ano. Para 2013, a projeção de 4% é a mesma há 13 semanas. Os dados estão no boletim Focus, do Banco Central (BC).
Já a previsão para o superávit comercial (saldo positivo de exportações menos importações) foi alterada de US$ 18,45 bilhões para US$ 18,2 bilhões, neste ano, e mantida em US$ 15 bilhões para 2013.
Endividamento das famíliasApós três meses, cai a porcentagem de famílias paulistanas endividadas. Em outubro, a taxa ficou em 48,9%, 2,6 ponto percentual abaixo da registrada em setembro, quando 51,5% das famílias estavam endividadas, de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, apurada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP).
O total de famílias com algum tipo de dívida passou de 1,846 milhão em setembro para 1,754 milhão em outubro. Segundo a pesquisa, o número de famílias com alguma conta em atraso caiu 0,9 ponto percentual em outubro na comparação com o mês anterior, o que resulta em 11,8% famílias inadimplentes. Esta é a menor taxa desde janeiro, quando 10,5% das famílias tinham contas atrasadas.
“Os números mostram que o endividamento está controlado e que ainda há espaço para crescer, pois os indicadores de emprego e renda apresentam boa evolução no decorrer do ano”, diz a Fecomercio-SP.
A pesquisa apontou ainda que o principal tipo de dívida continua sendo o cartão de crédito, com 73,6% das famílias atreladas a esse tipo de despesa. Em seguida aparecem os carnês, com 19,5%, financiamento de carro, com 17,6%, crédito pessoal, com 12,3%, cheque especial, com 8,8% e financiamento de casa, com 7,3%. (Fontes:Portal Vermelho e Agência Brasil)

Fonte: DIAP, 07 de novembro de 2012