Em 12 meses, país tem 983 mil ocupados a mais: 368 mil sem carteira no setor privado, 203 mil no setor doméstico e 483 mil por conta própria. Número de subutilizados e desalentos aumenta.
Em relação a igual período do ano passado, o mercado de trabalho tem 983 mil ocupados a mais, para um total estimado em 91,661 milhões. Mas o total de empregados no setor privado com carteira cai em 359 mil (-1,1%), enquanto os sem carteira crescem em 368 mil (3,4%).
Ainda segundo a Pnad, também cresce o emprego sem carteira entre trabalhadores domésticos, com mais 203 mil, alta de 4,8%. Também registram alta os sem carteira do setor público (100 mil, 4,2%) e os trabalhadores por conta própria (483 mil, 2,1%).
A própria redução da taxa de desemprego para 12,3% é uma boa notícia apenas até certo ponto, porque há uma tendência de queda neste período do ano. Era de 12,8% em julho de 2017. Mas a atual é maior do que a registrada em 2016 (11,6%). O melhor resultado é o de 2014: 6,9%.
A chamada taxa de subutilização, que inclui pessoas que gostariam de trabalhar mais, foi de 24,5%, estável em relação a abril e maior do que em julho de 2017 (23,9%). Esse contingente foi estimado em 27,6 milhões, crescimento de 3,4% em 12 meses, com mais 913 mil pessoas.
Já os desalentados, pessoas que desistiram de procurar trabalho, somaram 4,818 milhões, número também estável ante o trimestre imediatamente anterior. Na comparação anual, cresceram 17,8%. Há um ano, eram 4,090 milhões.
Os dados são melhores se a comparação for entre abril e julho, quando há algum crescimento do emprego formal.
Estimado em R$ 2.205, o rendimento médio registrou estabilidade nas duas bases de comparação. O mesmo aconteceu com a massa de rendimento, calculada em R$ 197,2 bilhões.