Empresários negociam ampliar parceria com alemães sobre indústria 4.0

28 de junho de 2018

Conceito se refere à revolução das chamadas fábricas inteligentes.

No 36º Encontro Econômico Brasil Alemanha (EEBA), em Colônia, na Alemanha, um grupo de empresários brasileiros apresentou proposta para ampliar o projeto-piloto de digitalização da indústria nacional e alemã. O projeto é resultado da parceria de 13 grandes empresas, seis brasileiras e sete alemães, em busca do salto de produtividade previsto com a indústria 4.0.

 

Uso de robôs na indústria
Na indústria 4.0, a internet está no centro da automação industrial (Governo do Espírito Santo/Divulgação)
 

A indústria 4.0 ou Quarta revolução Industrial é um conceito que se refere à prática das chamadas “fábricas inteligentes” com estruturas modulares, sistemas que monitoram os processos físicos, criando uma espécie de cópia virtual do mundo físico, e orientando decisões descentralizadas. A internet está no centro do sistema.

O projeto de parceria do Brasil com a Alemanha reúne Embraer, Totvs, WEG, Ioschpe, WEG, Eurofarma, Siemens, Bosh, SAP e Festo, entre outras. A cooperação entre os setores privados do Brasil e da Alemanha busca também aumentar as tecnologias digitais em pequenas e médias empresas (PMEs) e a criação de métodos de treinamento para a indústria 4.0.

 

Mudança de modelo

No acordo, há proposta para desenvolver cursos técnicos e superiores para formar profissionais preparados para lidar com as necessidades da transformação digital, assim como a demanda de empresas internacionalizadas.

Em nome dos empresários brasileiros, a proposta de ampliação da parceria com os alemães foi detalhada pelo vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Paulo Tigre, durante o encontro em Colônia. O evento reuniu 500 empresários, entre eles 260 brasileiros.

O gerente-executivo de Política Industrial da CNI, João Emílio Gonçalves, disse que a nova revolução industrial no Brasil permitirá ganhos de produtividade, aumento da eficiência e integração da produção, mas também vai exigir mudança de modelos de negócio das empresas.

Para João Emílio Gonçalves, são necessários o estímulo à adoção e ao desenvolvimento de novas tecnologias, além da expansão da infraestrutura de banda larga, mudanças na regulação brasileira e treinamento dos recursos humanos.

Participaram do encontro, os presidentes das federações estaduais das indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern), Amaro Sales de Araújo; de Santa Catarina (Fiesc), Glauco José Côrte; do Rio Grande do Sul (Fiergs), Gilberto Petry; de Roraima (Fier), Rivaldo Neves; do Maranhão (Fiem), Edílson Baldez; e de Minas Gerais (Fiemg), Flavio Roscoe.

  

Agência Brasil, 28 e junho de 2018