EPI Bom Também é EPI Confortável

10 de maio de 2012

Por Giovani Savi
Quando se fala em seleção de EPI, sigla para  Equipamento de Proteção Individual, muitos quesitos são avaliados pelos profissionais da área na hora de adquiri-los, Verifica-se, sobretudo, sua  adequação ao risco a que o trabalhador estará exposto, a conformidade com a NR-6 (Norma Regulamentadora), se ele possui um CA (Certificado de Aprovação – fornecido pelo Ministério do Trabalho), se é  válido e finalmente checa-se o custo do equipamento.
Nas situações em que a escolha não é feita por algum profissional da área ou com conhecimento em Segurança do Trabalho, muitos dos critérios técnicos desaparecem e o criterio custo passa a ser determinante. Nestas situações, o custo deve ser ponderado com os critérios técnicos e com sua durabilidade para que se possa ter uma ideia mais clara do seu valor que nada mais é que um investimento na saúde e bem estar do trabalhador.
Apesar de corretas as considerações acima, um fator porém acaba passando despercebido que é o conforto que devem ter os equipamentos de proteção individuais. Afinal, o trabalhador irá passar boa parte de sua jornada ou toda ela utilizando-os.
Não é preciso conhecer muito da construção civil para ver um problema relativamente comum na qual o trabalhador corta o calcanhar da bota transformando um calçado de proteção em um “chinelo de desproteção”, no qual fica com o pé exposto  a quedas de materiais e  ferramentas ásperas e/ou com ponta ou cunha.  Em quase todas as situações o trabalhador usa este artificio por conta das bolhas e calos que o calçado causou e que o impedem de se movimentar normalmente enquanto trabalha.
A situação acima é apenas uma de tantas outras em que a falta de conforto do EPI acaba sendo determinante no uso inadequado do equipamento ou na falta de seu uso. A cada nova compra de equipamento de proteção individual é importante que o responsável por sua seleção ouça os trabalhadores quanto ao seu conforto e utilize este requisito em favor da prevenção de acidentes.
*O autor é Consultor em Segurança do Trabalho

Fonte: Blog do Trabalho, 10 maio de 2012

Fonte: fetraconspar.org.br

Data- 10.05.2012