O porcentual da população ocupada do País trabalhando por conta própria no terceiro trimestre deste ano era de 26,0%. Os maiores porcentuais foram registrados no Amapá (36,7%), Pará (35,7%) e Amazonas (33,3%). Já os menores foram no Distrito Federal (20,7%), Mato Grosso do Sul (21,2%) e Santa Catarina (21,7%). No Paraná o índice chegou a 24,9% da população acima de 14 anos de idade ocupadas.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Contínua (Pnad Contínua), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já a taxa composta de subutilização da força de trabalho (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação a força de trabalho ampliada) foi de 17,5% no Paraná, sexto menor índice do País e com taxa abaixo da média nacional, de 24%.
O estudo também mostra que o número de desalentados — aqueles que já desistiram de procurar emprego — chegou a 107 mil pessoas no Paraná no terceiro trimestre, número menor que no trimestre anterior, quando eram 114 mil, mas maior que no começo do ano, que tinha 104 mil desalentados.
Carteira assinada
Apesar disso, o Paraná ainda aparece entre os estados com baixa taxa de desocupação. Enquanto o índice nacionalcaiu de 12% para 11,8% no terceiro trimestre, no Paraná foi de 9% para 8,9%.
As maiores taxas foram observadas nos estados da Bahia (16,8%), Amapá (16,7%) e Pernambuco (15,8%). Já os menores níveis foram registrados em Santa Catarina (5,8%), Mato Grosso do Sul (7,5%) e Mato Grosso (8%).
Segundo a PNAD Contínua, o Paraná está entre os estados com maior percentual de trabalhadores no setor privado com carteira de trabalho. O índice alcançou 80,8%, à frente da média nacional, que ficou em 73,6%.
Salário médio no Estado é o quinto no País
De acordo com a PNAD Contínua, o Paraná também manteve a quinta maior média salarial real habitual das unidades federativas com uma renda de R$ 2.525, crescimento de 4,7% em relação ao terceiro trimestre de 2018 (R$ 2.411). O rendimento médio real habitual no País (R$ 2.298) manteve-se estável em comparação com o trimestre passado (R$ 2.297) e cresceu 3,3% em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior (R$ 2.224).
Curitiba também manteve o nível de destaque no cenário nacional. A PNAD Contínua indica a cidade como a sexta capital com menor taxa de desemprego (9,9%), ficando atrás apenas de Goiânia (6,3%), Campo Grande (6,8%), Florianópolis (8,6%), Porto Alegre (9,5%) e Vitória (9,8%) no terceiro trimestre de 2019. Eram 990 mil pessoas ocupadas na base de dados do IBGE, de julho a setembro.
Segundo Suelen Glinski, economista do Departamento do Trabalho da Secretaria de Justiça, Família e Trabalho, a consistência registrada pelo Paraná já havia sido constatada pelo Ministério da Economia, com a criação de 59.295 vagas formais de emprego entre janeiro e setembro de 2019.
Bem Paraná, 20 de novembro de 2019