Uma pesquisa realizada pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) apontou que os trabalhadores terceirizados recebem salários, em média, 17% menores do que aqueles que são contratados diretamente.
A análise também mostra que este percentual pode baixar para 12% quando são analisados fatores como gênero, escolaridade, idade e tipo de empresa. Além disto, quando um trabalhador muda de emprego e é contratado em outra empresa de forma terceirizada, sua remuneração cai cerca de 3%.
O estudo foi feito pelos economistas Guilherme Stein, Eduardo e Hélio Zylbertajn. Para obter o resultado, foram avaliados os cargos de montagem e manutenção de equipamentos, segurança/vigilância, TI, limpeza e conservação, P&D e telemarketing.
De acordo com os responsáveis pela pesquisa, o resultado aponta que o Brasil passa por uma transformação quando se trata de terceirização. “Ela estaria deixando de ser simplesmente uma estratégia empresarial para reduzir custos trabalhistas, e evoluindo para tornar-se um elemento na nova configuração do sistema produtivo competitivo”, afirmam os economistas.
Ainda segundo os responsáveis, instituições devem defender este modelo de contratação. “Essa conclusão, se verdadeira, levaria à recomendação de que nossas instituições trabalhistas (justiça do trabalho, sindicatos e formuladores de políticas públicas) percebam o significado das transformações e passem a promover em vez de combater a terceirização”.
Com informações da Fetraconspar