O estado possui variação maior que a nacional tanto no mês, quanto no acumulado dos últimos 12 meses.
O custo da construção civil ficou quase 6% mais alto para os paranaenses de março de 2018 a março de 2019, de acordo com Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi). Esse índice é maior que a média brasileira, de 4,86%, assim como o da variação mensal: de fevereiro a março o crescimento foi de 0,92%, contra 0,52% no Brasil. Os números foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com o aumento, o estado contabiliza uma variação percentual acumulada que chega a 5,97% nos últimos 12 meses, sendo a maior do Sul – em Santa Catarina a variação foi de 4,62% e no Rio Grande do Sul 5,79%, totalizando uma média de 5,53% na região. Já no trimestre a variação é menor, mas o índice mantém-se como em alta: 1,13% no Paraná, 1,26% no Sul e 1,15% no Brasil.
O estudo do IBGE mostrou que o valor do metro quadrado no país do mês passado teve a média de R$ 1.126,82, enquanto no Paraná saiu por R$ 1.144,64 – ambos os números considerando a desoneração da folha de pagamento de empresas do setor da construção civil. A nível estadual o maior valor é relativo à mão de obra, responsável por R$ 598,37, contra R$ 546,27 de material.
Porém, a nível nacional são os materiais que puxam o custo, responsáveis por 52,18% do total. O gerente da pesquisa, Augusto Oliveira, destaca a alta do componente na pressão do resultado. “Apesar das variações positivas nos dois segmentos, os materiais estão com participação maior que a mão de obra, que tem mais influência quando ocorrem dissídios coletivos”, explica o gerente.
Dados nacionais
O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) aumentou 0,52% em março, na comparação com o mês anterior, e ficou acima dos 0,21% em fevereiro. O índice acumula altas de 1,15% no primeiro trimestre e de 4,86% nos últimos 12 meses.
O Sul do país teve a maior alta entre as grandes regiões no mês, de 0,82%, atingindo R$ 1.172,08 por metro quadrado. Nas demais grandes regiões, os custos do setor aumentaram 0,57% no Sudeste (R$ 1.177,76), 0,49% no Nordeste (R$ 1.045,73), 0,42% no Norte (R$ 1.129,10) e 0,10% no Centro-Oeste (R$ 1.129,42).
Composição
A parcela dos materiais na média brasileira apresentou taxa de 0,79%, registrando alta tanto em relação ao mês anterior (0,55%), quanto a março de 2018 (0,49%). A parcela da mão de obra também apresentou alta, registrando variação de 0,23%. Comparando tanto com o mês anterior (-0,15%) como em relação a março de 2018 (-0,22%), observamos aumento frente às taxas negativas. Segundo dados do IBGE, o primeiro trimestre do ano fechou em 1,54% (materiais) e 0,76% (mão de obra), sendo que em doze meses ficaram em 6,30% (materiais) e 3,36% (mão de obra).
Diário dos Campos, 16 de abril de 2019