Cascavel (31 de janeiro) – Os trabalhadores vigilantes de Cascavel e região entrarão em greve por tempo indeterminado a partir desta sexta-feira, dia 1º de fevereiro. A decisão foi tomada em assembleia da categoria realizada na noite desta quinta-feira (31/01), na sede do Sindicato dos Vigilantes de Cascavel e Região (Sindvel).
Por aclamação, os cerca de 200 trabalhadores presentes na assembleia em Cascavel recusaram a proposta patronal e decidiram cruzar os braços a partir desta sexta-feira. A paralisação, que irá abranger todo o Paraná, deve atingir agências bancárias, indústria, comércio, segurança pessoal, transporte de valores e escolta armada.
A data-base da categoria no Paraná é 1º de fevereiro e os trabalhadores reivindicam o adicional de risco de 15% e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor(INPC) integral nos salários e benefícios, um percentual que giraria de 6,2% a 6,5%.
O Sindesp-PR – sindicato patronal que representa as empresas de segurança privada no Paraná – quer manter o mesmo piso da convenção coletiva anterior. “Não concordamos com a proposta dos patrões. Vale lembrar que não estamos nem reivindicando aumento real, deixamos isso para outro momento devido ao impacto financeiro, porém o sindicato patronal recusou até mesmo a proposta feita pelo mediador do Ministério do Trabalho”, lembra José Carlos Antunes, presidente do Sindvel.
O líder sindical ressalta a legitimidade da paralisação da categoria. “A greve é um direto garantido por lei, é a última alternativa dos trabalhadores após esgotadas todas negociações. Ninguém gosta de entrar em greve, sabemos dos transtornos, mas por vezes essa acaba sendo a única maneira do trabalhador ser ouvido pelos patrões”, afirma.
José Carlos Antunes alerta para pressões do patronato e lembra ainda que o empregado não deve temer nem ceder a qualquer tipo de represálias ou ameaças, uma vez que o direito de greve está amparado por lei.
Paralelo à data-base dos vigilantes no Paraná, a categoria no Brasil reivindica o cumprimento da lei sancionada em dezembro pela presidenta Dilma Rousseff que lhes garante 30% de adicional de periculosidade, benefício que os patrões se recusam a conceder antes da regularização do Ministério do Trabalho.
Nesta sexta-feira, os trabalhadores em greve no município de Cascavel estarão concentrados a partir das 7h30 na sede do Sindvel, na Rua Maranhão, 3239, no bairro Alto Alegre.
Mais informações: José Carlos Antunes, presidente do Sindvel (45) 9106-0002
Foto: Júlio Carignano
01/02/2013